Os resultados permitem-nos conhecer onde estamos em relação à meta que
estabelecemos. Faça uma pausa. Olhe. Revise, caso seja necessário e
então, avance.
O fracasso muitas vezes é o resultado do avanço. Assim que fracassamos,
o assunto mais importante a seguir é a sobrevivência, física e
emocional. Neste trajeto, frequentemente temos que renunciar a elementos
psíquicos genuínos de nossa personalidade.
Alguns conseguem recuperá-los ao longo da trajetória empreendedora,
outros passam toda a vida se desfazendo daquilo que, a rigor, seria
vital para um crescimento emocional: uma disposição para lidar com a
verdade.
Quando paramos algo depois de revisar, o resultado não é o fracasso.
Nossa visão de mudança de negócio ou estratégia é que deve ser olhada de
forma diferente.
Como empreendedores
não fracassamos. Revisamos planos. Somos, em certa medida, como disse
Michael Eigen, “self disappearing creatures”, ou seja, criaturas que
tendem a desaparecer psiquicamente quando às voltas com certos níveis de
angústia. Nós nos evadimos.
Sob esse aspecto, somos como esses aviões que, em momentos de perigo,
tem que abandonar a carga que trazem, para poderem continuar voando e
aterrissar com alguma segurança.
O mais difícil de perceber é que o perigo na maioria das vezes é
“criado” mentalmente por nós. Nossa mente cria um perigo desnecessário,
mas para ela é mais verdadeiro do que aquilo que ela pode observar. O
fracasso é apenas a pedra do caminho, a carga que precisa ser abandonada
de nossos aviões, para que possam continuar a voar.
Fonte: Site Exame